Um dos julgamentos mais aguardados e emblemáticos das últimas décadas finalmente chegou ao fim — e com um desfecho que já entra para a história do Tribunal do Júri. Após 27 anos de angústia, espera e luta por justiça, o acusado foi plenamente absolvido, com o Conselho de Sentença reconhecendo a legítima defesa como a verdadeira dinâmica dos fatos.O caso, que atravessou gerações e acumulou milhares de páginas processuais, ganhou novo rumo quando foi assumido por um escritório especializado em Tribunal do Júri, que reconstruiu o processo com profundidade técnica, estratégia e precisão argumentativa.A defesa foi liderada pelo advogado Bruno Hintz, profissional reconhecido nacionalmente por sua atuação em plenários, ao lado dos advogados José Everaldo, Giovane Santin (Cuiabá) e Abidiel Filho (Alta Floresta). A banca trabalhou de forma integrada, revisitando provas antigas, resgatando detalhes esquecidos e reconstruindo, com rigor, cada peça fundamental para elucidar a verdade.Foram mais de 12 horas de debates intensos, marcados por embates jurídicos de alto nível, revisitação minuciosa da prova e demonstrações claras de que o acusado reagiu diante de uma agressão injusta, atual e iminente — núcleo essencial que sustenta a legítima defesa no ordenamento jurídico brasileiro.A atuação da defesa convenceu os jurados ao apresentar uma narrativa sólida, coerente e totalmente amparada no conjunto probatório. Ao final, por maioria de votos, o Tribunal do Júri reconheceu a tese sustentada e absolveu o acusado, pondo fim a um ciclo de quase três décadas marcado por dor, incertezas e resistência.A banca comemorou o resultado afirmando que:“A absolvição consagra o que sempre se buscou: justiça, respeito às garantias constitucionais e o reconhecimento de que ninguém pode ser condenado por agir para proteger a própria vida.”Mais do que o encerramento de um processo, o veredito simboliza o triunfo da técnica jurídica responsável, do acesso efetivo à justiça e da soberania do Júri, onde a sociedade se manifesta por meio de seus representantes.Com a decisão, o acusado deixa o plenário plenamente absolvido, com sua dignidade restaurada e um novo capítulo pronto para começar após 27 anos de espera.


